domingo, 12 de agosto de 2012

Permita-me desfalecer enquanto falo sobre coragens que não tenho. Deixe-me ficar quando não houver mais disposição para ficar. Aceite minhas falhas que hoje me definem e me limitam, mas diga o que for preciso pra me corrigir. Deixe-me chorar pela incompletude desses dias que não passam, mesmo que seja bobagem, mesmo que minha solidão seja infundada e incompreensível. O telefone não toca e se você não conhece o desespero do silêncio, apenas aceite.
Eu ando sorrindo mentiras por aí. Fazendo novos eus, para ver se você se apaixona novamente por mim, como se só houvesse possibilidade de ser verdade ao lado de alguém. É coisa de gente que se ilude, eu sei, gente que espera o aval de outras pessoas para ser feliz. Mas é que me dá um aperto, uma angústia. Você sabe do que eu estou falando, aquele sentimento que a gente tem quando todo dia é segunda-feira, quando o arrependimento invade o peito. Eu espalhei muito sorriso à toa, pra ver se um deles te prendia. Não funcionou. Mas ainda tenho alguns guardados, chorosos, quase desistentes, quase sem motivo, esperando valer à pena escapar pelos olhos.
Falta-me a consciência de amar. Sobra-me o medo de ser mal entendida. Tenho limitações bobas que não se explicam com definições certas, palavras existentes. Tem um dicionário inteiro de termos ainda não criados para falar sobre mim, sobre o que eu sinto. Não sei o que, não sei o motivo, não sei como. Não explico, me importo, me machuca. Apenas sou. E isso tem que bastar.
Você me pergunta se eu não vou mudar algum dia. Eu tento. Tenho um coração cheio de dor ou amor. Se você não consegue ouvi-lo é porque não sabe que faz ele bater enquanto espero sua ligaçao, uma mensagem qualquer ou o momento de te ver novamente. Me provoque, me ofenda, brigue comigo, mas não me deixe presa no comum. Não permita que a dor silencie meu coração.


Te Amo.

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