sábado, 13 de dezembro de 2014

Olhando a vida passar através da janela do quarto percebi o quanto que mudei nos últimos meses. Engraçado perceber como tudo se alinhou, mesmo eu tendo a certeza de que nada mais se encaixaria. O tempo respondeu ao coração ansioso e nem foi tão ruim assim esperar. Me poupei de algumas emboscadas e ainda tive a chance de descobrir o que eu esperava de mim de verdade. Sem pressa em tapar o sol com a peneira e fazer bonito pro outro ali fora, fiquei ocupada priorizando as minhas vontades. Chega uma hora em que a gente deixa de apostar corrida e não abraça mais qualquer beirada para se manter de pé. A gente quer o inteiro ou nada feito. Não existe mais tanto tempo a perder. A gente se preocupa em fazê-lo valer. Não foi fácil sossegar o coração ou direcionar o tanto de expectativas que trazia comigo, mas precisei respirar antes de surtar e colocar tudo a perder. Não se muda do dia pra noite. Não se descobre o que faz falta quando você ainda se colocou por inteiro outra vez. Olhando a vida passar percebi o quanto que passei com ela. O quanto que me empenhei em ir além. Abandonar os conceitos foi difícil, deixar a mente aberta pro novo fazer morada custou um pouco de resistência, o incerto ainda me deixava preocupada. Mas hoje percebo que fiz o melhor. Não podia mais esquecer os sonhos na gaveta, não podia mais adiar quem eu era. Não podia mais esquecer de ser feliz sem restrições.

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